sábado, 8 de agosto de 2009

Soneto à Minha Insanidade

Madrugada em claro, pensando em tudo;
Tenho a boca seca e os olhos molhados.
Sombras me assombram nesta insônia brusca,
E a raiva borbulha dentro de mim, levando-me à loucura.

Sou filha da noite! escura, completa e curta.
Sou dona do mundo, mas sofro como qualquer outro mortal.
E na cozinha vazia, derramo minhas lágrimas pesadas,
Culpo-me por tudo que agora é, e que um dia eu criei.

Espero impaciente uma mudança qualquer que me tire daqui,
Tenho gana de gritar, não me contento com meu choro baixo.
Minha imaginação vai a mil e de repente para.

Não penso em nada, me sinto gelada, paralisada, morta.
Tento, sem êxito algum, voltar à realidade branca da cozinha;
Então resolvo morar no meu outro mundo, onde tudo é exatamente como eu desejo.

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